sábado, 21 de abril de 2012

AMEAÇAS À BIODIVERSIDADE



AMEAÇAS À BIODIVERSIDADE

1. Primeiro Olhar à Biodiversidade
As profundas transformações ocorridas desde a formação da terra aos nossos tempos permitem-nos afirmar que a vida humana e animal foram atravessadas por ameaças quase em todas as idades geológicas. Se no passado a natureza foi a grande responsável de si, hoje, o homem é chamado a responder pela destruição da natureza. Se por apetências de ordem económica e o consumismo a natureza, ontem, foi escrava do homem, hoje, a natureza asfixia o homem em todas as esferas da sua vida fruto da destruição da biodiversidade. 


Como consequência dessa destruição as populações humanas sofrem uma queda significativa da qualidade de vida com reflexos imediatos na alimentação, saúde (aumento de doenças e epidemias), na vulnerabilidade a desastres naturais, na redução e restrição do uso de energia, na diminuição da oferta e distribuição irregular de água potável e, por conseguinte, na instabilidade social e política.

Confira connosco as potenciais ameaças à biodiversidade:

  • Destruição e diminuição dos habitats naturais
  • Introdução de espécies exóticas e invasoras como os ratos, gatos, aranhas, pombos
  • Exploração excessiva de espécies animais e vegetais para diversos fins
  • Caça e pesca sem observância de normas e valores que garantam a sustentabilidade económica e ambiental
  • Tráfico da fauna e flora silvestres
  • Poluição do solo, da água e atmosfera
  • Ocupação e destruição de espaços naturais e histórico-culturais
2. Um Olhar para o Passado

Situando-nos na ideia de que na vida a mutação é uma constante apesar de ocorrências de algumas permanências podemos compreender que olhando para trás abre-se uma longa estrada de vazios com algumas notas de saudade. Há aproximadamente 4,6 Bilhões de anos que se estima ter inicio a formação da terra e, hoje, ela não é, obviamente, a mesma. Se a atmosfera era tóxica por composição de metano, amónia, etc. em razão de constantes erupções vulcânicas, hoje, importantes mudanças foram alterando esse cenário.

O período que assiste ao começo da vida na terra há pouco mais de 3,5 Bilhões de anos, acolheu os Procariontes como primeiras formas de vida unicelulares na terra passando por Eucariontes, Vermes, os Trilobitas, os Sinapsídeos, Mamíferos, Dinossauros, etc. Hoje, outras e mais complexas espécies fazem o nosso mundo. De facto, se você pudesse viajar no tempo para visitar a terra durante o Arqueano (começo da vida na terra), provavelmente, não a reconhecia. No Arqueano o oxigénio era menos de 1% dos níveis actuais, mas há aproximadamente, 1,8 Bilhões de anos os níveis de oxigénio eram maiores de 10% dos níveis actuais, temos de convir que os organismos tiveram que desenvolver métodos bioquímicos para reter o oxigénio como à guisa de exemplo, a respiração aeróbica.

Vale enfatizar, aqui, que as ameaças à biodiversidade, tema central da nossa reflexão, é um processo que sempre acompanhou a própria dinâmica evolutiva da terra a partir da época em que a vida surgiu. Essa reflexão remete para a primeira grande extinção da biodiversidade (era Protozóico) cujo fundamento é suportado pela substituição, em grande medida, do gás carbónico na atmosfera pelo oxigénio com o surgimento do oxigénio a partir dos seres que dependem da fotossíntese.

O Paleozóico conhece uma grande diversificação evolutiva dos animais, a explosão cambriana em quase todos os filos animais actuais, mas que vários outros, no extremo oposto do Paleozóico, foram extintos de forma maciça que atinge aproximadamente 90% de todas as espécies animais marinhas. As causas desta extinção ainda são desconhecidas.

Período Siluriano (440 até 410 Milhões anos atrás:
  • ·        Derretimento das calotes polares aumentando os níveis dos oceanos com aparecimento dos recifes de corais e dos peixes com mandíbulas
  • ·        Inicio da colonização do meio terrestre e ocorre o aparecimento de plantas vasculares
No Mesozóico (251 Milhões e 65 Milhões e 500 Mil anos atrás:
  •     Aparecimento, domínio e desaparecimento dos Dinossauros
  •            No inicio toda a superfície terrestre se concentrava num único continente, a pangea.
Existem explicações segundo as quais teria caído na terra um grande asteróide que tendo levantado uma grande onda de poeira impediu que a luz do sol alcançasse a terra. Em consequência as várias espécies, sobretudo, as que dependiam da fotossíntese morreram.


3. Referências Bibliográficas
http: www.millenniumassessment.org­ documents document. 446.aspx.pdf
http: pt.wikipedia.org wiki Biodiversidade
www.slideshare.net Grupo2apcm principais- ameaças-biodiversidade
Lições da Unidade Curricular UAB MCAP


Obs: usado um laptop sem algumas grafias.

domingo, 1 de abril de 2012

O Conceito de Biodiversidade/Valor da Biodiversidade


1.      Nota Prévia 
 

Depois de ler, atentamente, as lições fornecidas na Unidade Curricular: Biodiversidade, Geodiversidade … no Mestrado em Cidadania Ambiental e Participação ocorre-me partilhar com (a)os colegas esta reflexão da Actividade nº 1 “O Conceito de Biodiversidade” suportada pela consulta bibliográfica. Para o efeito trago uma imagem de um animal raro que, também, é a bandeira da nossa transportadora aérea Taag:  Palanca Negra Gigante.
A Palanca Negra Gigante foi descoberta em 1909 por Frank Varian, Engenheiro Belga. Foi descrita em 1916 como sendo um animal com cornos extraordinários.  Foi integrada na lista de espécies sob a protecção absoluta, exactamente, na Classe A pela Convenção para Protecção da Fauna e Flora Africana em 1933. Está, também, listada na Convenção Internacional para o Intercâmbio de Espécies Selvagem de Fauna e Flora no Anexo I e na Lista Vermelha do IUCN com espécie ameaçada.
É considerado como o mais belo e nobre de todos os antílopes do mundo. Tem uma distribuição geográfica muito limitada a algumas áreas adjacentes ao rio Kwanza na Provincia de Malanje. Para a sua protecção foi criado o designado Santuário da Palanca Real em 1938 e levado depois à categoria de Reserva Natural Integral do Luando em 1955. Em 1963 criou-se a Reserva Natural Integral de Kangandala que em 1970 foi declarada Parque Nacional.


2.      Origem e Significado do Termo Biodiversidade
A palavra biodiversidade é um neologismo construído a partir das palavras biologia (bio=vida) e diversidade (grande variedade). Ela significa a diversidade do mundo vivo na natureza, ou seja a grande quantidade de espécies em nosso planeta.
O termo em inglês biological diversity (diversidade biológica) foi criado por Thomas Lovejoy no ano de 1980, enquanto o termo biodiversity (biodiversidade) foi inventado por W.G. Rosen em 1985. Desde este momento, o termo e o conceito são muito utilizados entre os biólogos, ambientalistas e ecologistas de todo o mundo.
O termo diversidade biológica foi criado por Thomas Lovejoy em 1980, ao passo que a palavra Biodiversidade foi usada pela primeira vez pelo entomologista E. O. Wilson em 1986, num relatório apresentado ao primeiro Fórum Americano sobre a diversidade biológica, organizado pelo Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA (National Research Council, NRC). A palavra "Biodiversidade" foi sugerida a fim de substituir diversidade biológica, expressão considerada menos eficaz em termos de comunicação.
3.      Definição de Biodiversidade
Não há uma definição consensual de Biodiversidade. Para efeitos da presente reflexão fica a definição que para vários especialistas neste ramo do saber unifica os três níveis tradicionais de diversidade entre seres vivos:
  • Diversidade genética - diversidade dos genes em uma espécie.
  • Diversidade de espécies - diversidade entre espécies.
  • Diversidade de ecossistemas - diversidade em um nível mais alto de organização, incluindo todos os níveis de variação desde o genético.
Portanto, Biodiversidade é a “totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região". Deste modo, a biodiversidade engloba a variedade de genes, espécies e ecossistemas que constituem a vida no planeta.
4.      Como Medir a Biodiversidade?
Do ponto de vista previamente definido, nenhuma medida objectiva isolada de biodiversidade é possível, apenas medidas relacionadas com propósitos particulares ou aplicações.

Para os conservacionistas práticos, essa medida deveria quantificar um valor que é, ao mesmo tempo, altamente compartilhado entre as pessoas localmente afectadas.

Para outros, uma definição mais abrangente e mais defensável economicamente, é aquela cujas medidas deveriam permitir a assegurar possibilidades continuadas tanto para a adaptação quanto para o uso futuro pelas pessoas, assegurando uma sustentabilidade ambiental. Como consequência, os biólogos argumentaram que essa medida é possivelmente associada à variedade de genes. Uma vez que não se pode dizer sempre quais genes são mais prováveis de serem mais benéficos, a melhor escolha para a conservação é assegurar a persistência do maior número possível de genes.
Para os ecólogos, essa abordagem às vezes é considerada inadequada e muito restrita.
A Sistemática mede a biodiversidade simplesmente pela distinção entre espécies. Pelo menos 1,75 milhões de espécies foram descritas; entretanto, a estimativa do verdadeiro número de espécies existentes varia de 3,6 para mais de 100 milhões. Diz-se que o conhecimento das espécies e das famílias tornou-se insuficiente e deve ser suplementado por uma maior compreensão das funções, interações e comunidades. Além disso, as trocas de genes que ocorrem entre as espécies tendem a adicionar complexidade ao inventário.
5.      Causas e Consequências da Destruição da Biodiversidade
Entre as principais causas da perda de biodiversidade importa, aqui, relevar as de natureza antrópica:
*      Destruição e diminuição dos habitats naturais;
*      Introdução de espécies exóticas e invasoras;
*      Exploração excessiva de espécies animais e vegetais;
*      Caça e pesca desordenadas;
*      Tráfico da fauna e flora;
*      Poluição do solo, água e atmosfera;
*      Ampliação das fronteiras agropecuárias dentro de áreas nativas (no nosso caso).
6.      Consequências da Perda da Biodiversidade
*      Queda significativa da qualidade de vida o que pressupõe:
*      Pouca oferta de recursos naturais com impactes directos na alimentação;
*      Problemas com a saúde humana;
*      Desastres naturais;
*      Diminuição da oferta e distribuição irregular de água potável;
*      Aumento de doenças e epidemias;
*      Instabilidade social, política e económica.
Aliás, temos de convir que para a satisfação do padrão actual de consumo do homem, a terra teria que aumentar em 20% de sua capacidade de renovar os recursos naturais!
7.      Bibliografia
3.      http://www.millenninniumassessment.org./documents/document.446.aspx.pdf
Parte inferioO Valor da Biodiversidade
Depois de ler, atentamente, os textos e consultar a bibliografia que se segue no âmbito da actividade 1, fiquei sensibilizado que as palavras não exprime de todo nem podem esgotar o valor que a biodiversidade representa para a humanidade. Por isso, é nosso modesto entendimento que o  valor da biodiversidade mede-se por tudo quanto a vida é para o homem, animais, plantas, etc.  É incompreensivel significar a vida sem se fundamentar no valor da biodiversidade.
Na economia ou em outros ramos do saber o valor da Biodiversidade é indescritivel.
Bibliografia
1. naturlink.sapo.t/Natureza-e...
Bernardo Castro, 105214 MCAP