Património Geológico Português. Geoconservação e Geoturismo.
1.
Breve
Enquadramento de Alguns Aspectos Históricos
Para esta actividade
vale compreender os passos e os processos que Portugal conheceu ao longo da sua
história em sede do Património Geológico Português, Geoconservação e Geoturismo,
embora, de forma resumida e, eventualmente, menos acabada.
As preocupações com a
protecção da natureza remontam desde 1911 em Portugal dando origem à criação da
Associação Protectora da Árvore (1970ª). Entende-se que até 1970 não havia no
ordenamento juridico português alguma base legal que consagrasse à Conservção
da Natureza, sem prejuízo, obviamente, da existência de uma legislação dispersa
tornada pública em 1918, 1919, 1929 e 1931. A criação de uma Parque Nacional
era em 1936 uma medida inovadora prevista no Regulamento da Caça em Angola.
Em 1957 é publicado um
Regulamento de Caça de Angola que previa a criação de 4 zonas de protecção:
Parques Nacionais, Reservas Naturais Integradas, Reservas Parciais e especiais.
Em 1970 é publicada a Lei 9/70 de 19 de Junho que atribui ao governo a
incumbência de promover a protecção da natureza e dos seus recursos em todo o território. Em 1971 foi criada a comissão Nacional do
Ambiente, uma estrutura permanente no âmbito da Junta Nacional de Investigação
científica e Tecnológica. Neste ano é criado o Parque Nacional da Peneda—Gerês que
se pensa ser uma das primeiras consequências de tomada de consciência sobre a
Protecção da Natureza.
Em 1975 surge no seio
do Ministério do Equipamento Social a Secretaria de Estado do Ambiente e sob sua
responsabilidade, o Serviço Nacional de Parques, Reservas e Património
Paisagístico. A 25 de Abril de 1976 o art. 9º da Constituição Portuguesa, entre
as tarefas do Estado, refere: “Proteger e valorizar o património cultural do
povo português, defender a natureza e o ambiente, preservar os recursos
naturais e assegurar um correcto ordenamento do território”. Em 1976 através do
Dec-Lei nº 613/76 de 27 de Julho era prevista a criação de:
a)
Reservas naturais;
b)
Reservas naturais parciais;
c)
Reservas de recreio;
d)
Paisagens protegidas;
e)
Objectos, conjuntos sítios e lugares
classificados;
f)
Parques naturais.
O Ministério do
Ambiente e Recursos Naturais é criado em 1990. Segue-se depois o Plano Nacional
da Política de Ambiente. Em 2001 é aprovada a Estratégia Nacional de
Conservação da Natureza e Biodiversidade.
2. Reflexão Sobre o Geoturismo
Em Angola o conceito de
geoturismo não é em muitos círculos, inclusivé, académicos familiar. Por essa
razão entendeu-se trazer à liça essa matéria para apelar para a sua
importância.
Em Portugal as
actividades integradas no Programa Geologia no Verão _Ciência Viva_ podem ser
consideradas como potenciadores de geoturismo. Para melhor entendimento do
conceito em reflexão vale dizer que geoturismo é um tipo de turismo que mantém
ou reforça as principais características do local a ser visitado,
concretamente, o seu ambiente, cultura, estética, património e residentes.
Portanto, o geoturismo se insere no conceito de mais alargado de turismo
sustentável com a seguinte caracterização:
1.
Respeitar os destinos turisticos de modo
a evitar modificações nos habitats naturais, património cultural e paisagístico
e na cultura local;
2.
Conservar os recuos e minimizar a
poluição, o lixo, o consumo energético e o uso de água;
3.
Respeitar a cultura local e as
tradições;
4.
Promover a qualidade em detrimento da
quantidade.
Bernardo Castro, 1005214 MCAP
3.
Referências Bibliográficas
1. FLORES, F. M. (1939)- A Protecção da Natureza-Directrizes
Actuais. Revista agronómica, Vol. XXVII (1), 1-125.
2. BRILHA, josé - Património Geológico e Geoconservação. A Conservação da Natureza na sua Vertente Geológica. 2005. Palimage Editores. in www.dct.uminho.pt/docentes/pdfs/jb_livro.pdf
3. NEVES, C.M. Baeta
(1956)-Parques e Reservas. Publicações da Liga para a Protecção da Natureza, 24
p.
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